Chegando a sua sétima edição, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba apresenta este ano o que já tornou como referência de si: uma seleta programação, tendo cineastas estreantes e outros já consolidados lado a lado, plurais em língua, forma e conteúdo. Priorizando inventividade estética, comunicação e comprometimento temático, o festival é uma boa vitrine, para público e realizadores, ao contar com significativa e contundente parcela do cinema independente internacional.
Entre os dias 6 e 14 de junho, os 156 filmes de 46 países compõem a identidade multicultural do evento, cujas propostas tanto se complementam como se chocam, ao tencionar a reflexão como base e produto de seus veteranos (Berlim, Roterdã, Locarno) e novatos em festivais. Suas mostras resgatam filmes desde os anos 1910 e apresentam novíssimas obras (várias das quais terão suas estreias brasileiras no próprio festival).
Cineastas consagrados como George A. Romero, Howard Hawks e Rogério Sganzerla, entre outros, terão seu espaço na mostra Olhares Clássicos. A artista plástica, pintora, desenhista e, claro, cineasta Janie Geiser participará pessoalmente do festival para apresentar boa parte de seus curtas-metragens (dentre os quais Rua Valeria, com estreia mundial em Curitiba) na mostra Foco. Além destes, a mostra também dá espaço a uma série de curtas, escolhidos por Geiser, a fim de compor dois programas de exibições.
A mostra Exibições Especiais reapresenta ao público recentes produções internacionais, mas já com destaque e presença em festivais, como os brasileiros “O Nó do Diabo” e “Diários de Classe”. Cineastas paranaenses contam com espaço na Mirada Paranaense, dedicada inteiramente a produções locais de longas e curtas. Sem deixar de lado o público mirim, a seção Pequenos Olhares volta seu olhar a curtas de animação e o longa “O Túmulo dos Vagalumes”.
Um dos grandes atrativos do festival, a exibição Olhar Retrospectivo deste ano conta com um conjunto quase completo dos filmes do senegalês Djibril Diop Mambéty em diálogo com um recorte das obras de Jean Rouch. A retrospectiva dupla incluirá cópias restauradas das obras de seus cineastas com o “[…] mergulho em duas facetas de uma mesma história”, segundo o diretor de programação do Olhar de Cinema, Antonio Junior.
As premiações ficarão destinadas às exibições Competitiva (longa e curta-metragem), Novos Olhares e Outros Olhares (também longa e curta-metragem) em diferentes categorias. Além dos oficiais, prêmios de associações parceiras (Abraccine, Looke, AVEC-PR) visam galardoar os selecionados.
Paralelamente às exibições, o festival ainda terá oficinas e seminários com a presença de componentes das mais diversas áreas do cinema, desde sua teorização e realização a distribuição e curadoria.
O Plano Aberto contará com atualizações diárias sobre os filmes vistos. Ao fim do festival, o resultado das premiações (e do próprio evento) será divulgado no site. Abaixo encontra-se nossa cobertura e parte da programação.
Clique para ler outros textos da cobertura:
Filme de abertura: “Djon África”
Outros Olhares: “Nossa Casa”, “Você Já Se Perguntou Quem Atirou?”
Competitiva: “DRVO: A Árvore“, “A Feiticeira Viúva”
Exibições Especiais: “Nó do Diabo”
Filme de encerramento: “Meu Nome é Daniel“