Historiador e crítico apaixonado por cinema brasileiro e pelos filmes de Edward Yang. Membro da Abraccine.
Num de seus filmes mais ambíguos e de difícil apreciação, Clint Eastwood narra a tragédia de um homem que só consegue organizar o mundo a partir da violência.
Ao fazer um filme sobre operárias do ABC Paulista no momento da ascensão do PT ao poder, Carlos Reichenbach se mostra otimista e encantado por um universo que lhe é bem familiar. Mas também revela a sobrevivência subterrânea de um mal-estar social.
Spike Lee constroi um filme com ótimos momentos, mas desconjuntado em razão de sua dificuldade de acomodar seu modernismo numa narrativa mais convencional.
Steven Spielberg adapta o clássico de H. G. Wells como uma jornada de descoberta da paternidade e do que realmente importa quando o mundo está para acabar.
Obra-prima oitentista pouco conhecida trata da força do amor e da paranoia apocalíptica dos tempos da Guerra Fria
Roman Polanski revisita uma célebre história de injustiça, mas resiste à tentação de torná-la um mero instrumento de defesa perante as acusações das quais é alvo há décadas.
Nova adaptação do clássico de H. G. Wells fala de relacionamento abusivo enquanto flerta com o filme de assombração, mas perde força pelo maniqueísmo excessivo.
Obra-prima de Edward Yang impressiona pelo olhar ao mesmo tempo íntimo e épico que lança para um momento definidor da história de Taiwan e formador da geração de seu diretor.
Trabalhando num tipo de cinema muito distinto do seu, Todd Haynes realiza um filme denúncia convencional e anódino, em que a mensagem é o mais importante.
Em seu primeiro longa-metragem, o diretor malinês Ladj Ly lança um olhar justo e equilibrado sobre uma realidade complexa, mas sem deixar de se posicionar.
